sexta-feira, 23 de abril de 2010

Tristeza



Ah, tristeza que me alcança...
Devora-me feito presa.
Engole-me aos pedaços.
Revelando-me problemas.
tristeza que é tormenta.
Atormenta-me sôfrega.
Tal precisasse de um afago.
E de meus olhos semicerrados.
Zomba de minha correria.
Certa de ser herança humana.
Inevitável dinastia.
Tristeza dos desgostosos.
Dos criadores,dos desatenciosos.
Corre loucamente turbinada,
Sem poupar fôlego.
E ataca sem prévia.
Pelo prazer da caçada.
E de ver cabeças abaixadas.
Tristeza que é dos abismos.
Veste-me de insatisfações.

Acalmem-se dificuldades,
Tristeza é de estação.
Logo mais o tempo passe,
Ainda, que cheio de aflição.
Acharei nos rastros tristes,
Esquecidas soluções.

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